⦾≈ Since before our arrival in Bolivia we dreamt of watching Cholitas Wrestling, this singular violence, comedic and trashy fight event. It actually brings a lot of attention to the female figure, showing their strength and power in traditional Andean robes and it’s also a symbol of equality, not only because they are women, but indigenous and mestizo. The fights started with the men and after them we got to see the stars of the ring. Many slaps, twirling skirts, braids pulling and arm locks. They even threw food and water to shoot their opponents and sometimes in the audience. In the end, we could to talk and get to know better the cholitas of the ring.
Desde antes da chegada à Bolívia, já sonhávamos em assistir essa apresentação de violência singular, cômica e trash. Até prolongamos nossos dias na capital boliviana por essa atração. É que chama muito a atenção o fato da figura feminina exibir força e poder, ainda mais em vestes andinas tradicionais. Aí, lendo algumas reportagens, vimos que a Cholitas Wrestling representa mesmo um símbolo de igualdade, não só por serem mulheres, mas indígenas e mestiças.
Pois bem, lá fomos nós, tomar uma van em frente a Iglesia San Francisco com destino ao Multifuncional, en El Alto, região metropolitana de La Paz. Em frente ao ginásio coberto, estrangeiros e locais se misturavam para a compra de ingressos e abertura dos portões. As lutas são marcadas para início às 16h30. Quase pontuais, abriram e nos sentamos afoitos para o giro, porrada e chola.
A verdade é que as lutas começam com homens. Bom, homens fazendo muita graça. Claro que a lucha libre é, por definição, um esporte-espetáculo, com acrobacias e sequências teatrais, mas nessa abertura que vimos houve um exagero. Compreensível. Depois o ring recebeu dois lutadores – bem gostosos – e aí sim vimos uma luta livre de verdade, dessa de origem mexicana.
Então, depois da graça toda e da luta genial, foi que anunciaram as estrelas da tarde. Juanita la Cariñosa entra e a aplaudimos com ares de fama. Havíamos lido sobre ela e por isso a tornamos favorita, tão pouco ouvimos o nome da cholita adolescente rival. Mas, a empolgação seguia com tapas, saias girando, puxões de tranças, saltos foras do ring, chaves de braço e impulsos nas cordas para se atirar sobre a adversária.
Seguiram com mais duas lutas de cholas até que a coisa começa a virar um circo para a família, mesmo. Elas começam a chamar rapazes da plateia para dançar (inclusive o Du), pegar comidas e bebidas para atirar na outra oponente e às vezes no público e todo esse babado e confusão. Aí vai cansando e o que você mais quer é ir conversar e fotografar as que já lutaram. Foi o que a gente fez.
A lucha libre de cholitas começou por volta de 2002, quando organizadores desse esporte tiveram a ideia de incluir mulheres no ring. A maioria delas, ou quase todas, vivem de forma humilde, porém feliz. Elas ganham em torno de $30 por luta e muitas contam com esse dinheiro para o sustento. Mas, no ring e na hora do espetáculo, mostram que a única coisa a alimentar é a força e o riso afável de mulher.
Cholitas rules, bitch!
Gente!! Texto divertissimo e as fotos maravilhosas. Foda!!!
CurtirCurtir
Ameii! Posso linkar essa matéria no post que vou fazer sobre La Paz? Queria ter lido antes de viajar pra cidade, fiquei super curiosa! Vai ficar pra uma próxima… Parabéns pelo blog, adoro a forma de vocês verem o mundo.
CurtirCurtir
Oi, Gabriela. Claro que pode! Conteúdo para ser compartilhado, sempre. Você estava em La Paz por esses dias, então? E tem blog? Manda para nós 😉 Abraço!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Que ótimo 🙂 Meu blog é http://www.bloggiramundo.com
Eu estive em La Paz em 2014… fiz uma viagem pela Bolívia e Peru. Só que meu blog ficou desativado por um tempo e agora estou resgatando alguns destinos que ainda não tinham post.
Abraços!
CurtirCurtir
Gente, que maravilhoso seu post sobre a Zona Portuária do RJ! É exatamente esse tipo de conteúdo que fazem nossos olhos brilharem. Lindo, lindo você fugir dos postais e contar de uma parte esquecida e tão rica!
CurtirCurtido por 1 pessoa
❤ ❤
CurtirCurtir